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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

30
Jun15

Os ódiozinhos de estimação

Fiz um post há mais de um ano a mostrar a minha irritação para com a apelidação das selfies e da conotação negativa que ganharam ao longo dos últimos tempos. Porque já antes de se chamarem selfies eu tirava fotos a mim mesma, por vinte e sete razões diferentes - e plausíveis - que não vale a pena enumerar, sendo a maior delas passar e passear muito sozinha. Sempre tirei fotos a mim mesma e vou continuar a fazê-lo - porque se isso não acontecer não tenho fotos praticamente nenhumas. 

Mas enfim, como se um ódio não chegasse, teve de se juntar outro: os selfie sticks. Mal vi aquilo achei uma ideia genial (ainda não estava em voga nem se via por aí, e custou me bem mais do que o que custa agora - e utilizei o pouquíssimas vezes). Todas as pessoas que tiram fotos a si próprias sabem que, muitas vezes,  o braço não chega e têm de se fazer manobras de contorcionista para que a foto fique como queremos - e só por isso aquilo dá jeito, uma vez que funciona como extensor.

O mais interessante disto tudo é que, desta vez a embirração não é só das pessoas mas também das instituições e eventos, que baniram estes aparelhos. Começou pelos museus (onde posso admitir que faça algum sentido, tendo em conta haver peças de valor um pouco por todo o lado que podem estar em "perigo") e agora passou aos festivais - na lista de proibições, onde se incluem bebidas, comida e etc., passam também a constar os selfie-sticks. E eu para isto só tenho um nome: embirração.

Nunca vi ninguém a morrer por isto, nem sequer vi alguém muito incomodado. Se as pessoas parecem umas totós com aquilo? Parecem, mas não acho que ninguém deva intervir por causa disso. Tudo depende, como em tudo, do bom senso: de como é que usam e quando usam. Não é muito fixe esticar aquilo quando estamos quase na fila da frente de um concerto e estamos comprimidos e apertados até aos ossos... Mas também não é fixe que passem a vida a dançar ao nosso lado, com copos de cerveja a balançar ao som da música mesmo por cima das nossas cabeças e com os cigarros a passarem a poucos centímetros da nossa pele... E as pessoas fazem-no. Porquê? Por falta de bom senso. 

Se continuarmos assim, lá para 2030, vamos todos nus para os festivais, sem qualquer tipo de possibilidade de levar "bagagem". É que até a roupa, um dia destes, pode servir de arma de arremesso para atirar aos artistas ou as máquinas fotográficas um incómodo para os outros que nos rodeiam.

30
Jun15

Questão que me ocorreu (ou como o correio da manhã nos pode dar outras perspectivas)

Passo a minha vida a meter textos nos rascunhos. Textos incompletos, posts só com um tema para desenvolver posteriormente, textos que me doem particularmente a escrever e que não consigo fazer de uma só assentada, textos quadrados (já expliquei o que eram algures numa publicação) e etc. Isto faz com que tenha cerca de vinte sete mil posts nos rascunhos (ok, estou a exagerar, mas quando olho para aquela barafunda é o que parece). A verdade é que, quando os mando para lá, é uma espécie de sentença de morte: é raro voltar a pegar lhes. 

Foi precisamente o que aconteceu à amostra de texto abaixo, escrita há mais de meio ano, que ficou nos rascunhos, à espera de desenvolvimento. Leia-se:

 

O quê que estas fashionistas todas, que compram e só parecem usar coisas novinhas em folha desta estação, fazem depois à roupa, quando a moda já passou - que é, diga-se, de seis em seis meses? Compram, usam meia-dúzia de vezes - se tanto - para tirar umas fotografias e depois despacham? Ou isso ou têm um valente monte de roupas arrumadas a um canto a acumular pó.

 

Agora, com todo um novo olhar sobre a questão dado através do Correio da Manhã, chego à conclusão que todo o meu tom acusador presente no texto acima era condenável, porque as fashionistas têm razão. Aliás, a nossa ministra da administração interna devia era aprender com elas! Então a senhora ousou vestir o mesmo blazer seis vezes em dois meses? Mais: obrigaram um pobre jornalista, com critérios jornalísticos super rigorosos em mente, a contar as vezes que a senhora usou o casaco. É ou não é ultrajante? 

Tenho para mim que devíamos fazer todos uma vaquinha para comprar casacos à senhora. Ou então, para equilibrar a coisa, as fashionistas podiam dar um par de casacos cada - daqueles encostados para canto - e acabava-se com mais um problema do mundo. Que tal, hum? 

 

*texto (e, particularmente, penúltimo parágrafo) escritos ao abrigo de uma linguagem chamada "ironia" 

29
Jun15

O filho da... Fruta do grilo!

Então e como estão a correr as férias? Muito bem, muito obrigada! Tudo corre às mil maravilhas com a excepção das noites, tendo em conta que não tenho conseguido dormir nada de jeito. Ou é o calor, ou a sede, ou as almofadas ou... O grilo.

O filho da mãe do grilo anda por estas bandas desde o primeiro dia que cá cheguei. Só dá sinais de vida à noite mas nunca, nunca, nunca se cala até ao sol começar a nascer. É suposto os quartos serem insonorizados (que são, não ouço nada de uns quartos para os outros), mas a porta que dá para o corredor é sempre uma questão sensível, ouve-se sempre qualquer coisita. Mas as pessoas, as crianças e os passos bem que se aguentam... Mas sobre um grilo que canta ininterruptamente durante oito horas a fio, já não se pode dizer o mesmo.

Há duas noites acordei cheia de calor e, quando me apercebi da barulheira tremenda, não consegui adormecer. Eram cinco da manhã, eu estava super moída da praia que tinha feito no dia anterior, mas sem conseguir pregar olho à custa do bicho! Só às sete horas, quando o sol nasceu, é que se calou - e a essa hora já estava eu pronta para fazer uma caça ao grilo e mata-lo à dentada. Por o hotel ter muito azulejo o som ecoa e, embora ele esteja algures no corredor (a minha mãe comprovou, que ontem ficou irritada de tal forma que foi à procura dele, em pijama, a meio da noite), parece que está mesmo junto aos nossos ouvidos. Calculo que isto fosse usado nos tempos medievais, estilo tortura, porque é tão alto e tão ritmado que nenhuma alma consegue adormecer com aquilo!

Agora o truque é ligar o ar condicionado (barulhento) e tentar adormecer o mais rápido possível, antes que comece a sinfonia. Ninguém merece!

28
Jun15

Por terras algarvias

Os mais distraídos (ou quem é um ovo podre e não me segue no instagram) ainda não devem ter reparado, mas eu estou no melhor sitio do mundo. Onde? Começa por A, acaba em E é tem "lgarv" no meio. Como informação adicional, posso também dizer que estou na melhor praia do mundo: a Minha.

Foi, mais uma vez, uma decisão tomada em cima de joelho e já em desespero de causa (os três habitantes da minha casa onde eu me incluo, estavam a cair pelos cantos de cansaço) - entre conversas paralelas percebemos que todos queríamos estar uns dias longe de casa e bastou falarmos cinco minutos para decidir. Foi ligar para o hotel, marcar e vir -  pelo meio foi tratar de uma série de coisas que cada um de nós tinha para fazer e... foram cinco horas até chegarmos a este paraíso. A mim correu me bem porque carrego baterias e, mal chegue a casa, tenho uma semana e meia de estudos pela frente, para fazer (e arrasar) nos últimos exames do semestre. Até lá... É dormir em excesso e aproveitar a praia.

Já não tenho palavras para descrever a minha relação com o Algarve mas, por incrível que pareça, acho que este amor cresce de cada vez que cá ponho os pés (um dia destes rebenta!). Estamos a apanhar um tempo fantástico e umas noites mágicas e eu não podia pedir mais. Este é um daqueles raros momentos da vida em que me apercebo, no presente e com rara lucidez, que estou mesmo feliz.

 

 

(podemos congelar estes dias para sempre e nunca mais mexer? Por favor, por favor, por favor? =))

27
Jun15

Chávena de Letras: "Correios"

 Depois de ter passado por inúmeras frases e citações de Bukowski por essa Internet fora, e ao ver esta nova edição do livro "Correios" à venda, decidi aventurar-me.

Não sei se este será um daqueles livros cuja crítica só deve ser feita uma semana depois do fim da leitura, após matutar muito sobre aquilo que lemos, mas... A verdade é que não sei o que dizer sobre esta obra. Para mim, não é muito boa nem muito má; nem deprimente nem alegre. É um "nim" em quase todos os campos. 

"Correios" conta a história de um funcionário público, bêbado, preguiçoso e mal educado quanto baste. A escrita de Bukowski é de muito fácil leitura e o livro lê-se muito facilmente, até pela forma como está dividido. A história não puxa por aí além mas, dado ser um livro relativamente pequeno, lê-se bem de um só trago. 

Daqui retiro o ponto de vista de um funcionário público (que, por um lado, é um preguiçoso, mas por outro também é um injustiçado), uma frieza e um ponto de vista interessante no que diz respeito às relações amorosas (ou, mais especificamente, ao fim delas) e a mudança, ainda que singela mas profunda, que um homem pode sofrer com o passar dos anos, ainda que o exterior continue o mesmo.

24
Jun15

Quando a música pimba até é gira

Sempre que o espectáculo do Bruno Nogueira e da Manuela Azevedo - "Deixem o Pimba em Paz" - anda por aí em digressão, dá-me sempre vontade de ir ver. Ou é pelas datas, por não haver lugar ou por pura preguiça, acabei sempre por não ir. Arrependo-me sempre, leio sempre críticas super positivas mas, aparentemente, nunca aprendo a lição. 

Mas a razão porque eu gostava de ir ver este espectáculo é por querer ver as músicas pimba desconstruídas - já vi muitos bons exemplos do quão giras (e, atrevo-me a dizer, boas) são estas músicas/letras quando saem daquela estilo musical, a que já associamos algo de mau e rasca. A verdade é que não sou muito conhecedora deste estilo musical mas, ainda assim, adoro ouvir as letras - às vezes são tão más que chegam a ser geniais. Ainda há uns meses não conseguia parar de cantar "na minha cama com ela, tu e ela, no meu quarto; perdido nos braços dela mesmo em frente ao meu retrato", com a voz do Bruno Nogueira na cabeça.

Na mesma linha de ideias, vi um vídeo que adorei de um concorrente dos Ídolos (julgo que ainda lá está, mas não tenho a certeza - não acompanho o programa). É um medley de muitas músicas pimba que, na voz dele, parecem algo completamente diferente. Pagava para ouvir estas versões num concerto. As versões de "Na minha cama com ela", "Bacalhau quer alho" e a "Canção do beijinho" são as minhas preferidas.

 

 

23
Jun15

Bom S. João!

Depois de, no ano passado, ter passado o S. João mais triste da minha vida - sem festa, com chuva e praticamente sozinha -, este ano voltamos à animação habitual. Embora o tempo não esteja excelente, não vai ser por isso que a festa não se vai fazer.

Cá em casa esperam-se cerca de quarenta pessoas e já há sardinhas, carne, balões e martelos com fartura. Tudo pronto para a festa mais animada do ano. =)

A todos os que o festejam... Bom S. João!

 

IMG_7698.JPG

 

23
Jun15

Até Voares

A reportagem de ontem da TVI é, por um lado, um murro no estômago e, por outro, uma esperança na humanidade. Ouvir as histórias daquelas pessoas - que foram vendidas por um garrafão de vinho, que foram queimadas, que viveram no meio dos animais - fazem parecer os nossos problemas uma ninharia; isso e a bondade daquele homem, que parece não ter fim. 

Tive uma cadeira de ética este semestre onde falamos que "nunca se deve reduzir o homem ao seu crime". Estampei isso em todos os trabalhos que tive de fazer para a cadeira, mas nunca senti, de facto, o peso das palavras que escrevi - seria hipócrita da minha parte dizer que não o faço, que não julgo uma pessoa porque matou outra ou coisas menos graves. E, no entanto, aparece-nos este homem, que acolhe tudo e todos de braços abertos e olhos fechados aos atos do passado.

Do muito que se pode dizer sobre esta reportagem, retiro duas coisas que me marcaram particularmente:

Primeiro, a relatividade das coisas. João Almiro questionou, e bem, como é que uma rapariguinha não há de matar alguém quando, em miúda, foi violada e queimada nos seios e nas axilas quando o homem ainda não tinha tido prazer suficiente? Como é que uma pessoa destas pode ser "normal", boa, feliz, quando sofreu um abuso deste tamanho? De facto, postas assim as coisas, matar não é assim tão complicado.

Segundo, foi uma resposta que deu um dos residentes da casa, quando questionado sobre o quê que vê agora quando olha para si. Respondeu: "vejo que sou um homem". Parece redundante (porque, supostamente, todos somos homens ou mulheres), mas neste caso é tudo menos isso. Ele, agora, já se consegue ver um homem - porque antes não conseguia. Uma questão tão basilar como esta - sentir-se um ser humano - era antes posta em causa e isso, a mim, mexeu-me com as entranhas.

Parabéns à TVI, à jornalista, ao repórter de imagem e ao editor pelo belíssimo trabalho (e sim, eu agora já sei dar valor individual a cada um deles e percebo que cada um fez um trabalho espetacular). Que belo trabalho.

 

Para ver aqui.

22
Jun15

Mais uma compra fabulosa

Há uns meses passeava-me na fnac e passei por uma bateria portátil para smartphones. Já tinha visto uma (uns amigos têm), mas só naquele momento é que percebi o quão jeito é que aquilo podia fazer.

Não a trouxe para casa - já sou tão "ebay-shoppaholica" que o meu cérebro já nem sequer me deixa comprar este tipo de coisas sem fazer uma prospeção de mercado pela internet, a ver se aparece algo mais barato. Como é óbvio, foi o caso. As especificações técnicas são certamente diferentes e a bateria que eu comprei é de certeza mais fraca que a outra que vi na loja, mas esta serve mais do que bem para o efeito desejado. 

Comprei-a aqui, por pouco menos que 3,50 euros (a da fnac custava mais de vinte) e estou super satisfeita! Chegou rápido, mesmo a tempo do Primavera Sound - é pequenina e coube perfeitamente na mini-carteira que levei. Como estava meio a trabalhar, meio em lazer, passava a vida a encontrar-me e desencontrar-me dos meus amigos - sendo que depois se tira fotos, se navega pelo facebook e etc. - ou seja, dei uso quanto baste ao telemóvel. Moral da história: chegava ao início da noite já com a bateria no casco. Ligava à bateria externa e, pouco depois, já tinha a bateria praticamente no máximo.

Para estas noites de verão em que se passa muitas horas fora, foi a melhor coisinha que inventaram. Quem avisa vossa amiga é!

 

bateriaexterna.JPG

 

 

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