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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

30
Nov14

Miguel Araújo & companhia

Ontem fui ver o Miguel Araújo ao coliseu, com muita falta de vontade mas a saber, no fundo, que ia valer a pena. E valeu, porque me conseguiu pôr mais bem-disposta. Mas, devo admitir, esperava um bocadinho mais.

Acho mesmo que o último concerto que fui ver foi d'Os Azeitonas, onde ele se insere, e o público vibrou muito mais. É verdade que as músicas do Miguel são mais calmas, mais nostálgicas e tristes, ao contrário das dos AZ, onde reina a boa disposição e divertimento. Ainda assim, não sei se foi feita uma boa gestão da set-list, para os picos de emoção irem variando, e intercalar músicas conhecidas com as menos conhecidas, assim como mais mexidas com mais calmas.

Por outro lado notava-se algum desconforto e nervosismo da parte dele - e não é para menos. Foi a primeira vez que cantou a solo no coliseu e... encheu! Isso refletiu-se em (relativamente) pouca interação com o público - pelo menos comparado com outros concertos de artistas portugueses a que fui, onde dividiam a plateia e nos punham a cantar, e nos obrigavam a saltar e pediam mais, e mais, e mais. Ou isso ou o público estava murcho e ficou também um bocadinho à quem das minhas expectativas.

Mas fora isso adorei a espontaneidade, o leve sotaque e de se notar que o Miguel é um portuense de gema. Cantou tudo o que queria ouvir - e o que me apeteceu chorar na "Recantiga"? - e os convidados foram excelentes. De salientar o António Zambujo, de quem gosto mais a cada dia que passa, e a quem já tinha ouvido como convidado no concerto dos Deolinda. Também adorei a Inês Viterbo e a Ana Moura, claro - como não gostar?

O momento alto da noite foi quando ele convidou uns tios para tocarem com ele - para além de ser a música mais mexida, que pôs o pessoal todo a abanar o capacete, foi um gesto lindíssimo. Os tios têm uma banda de rock amador há mais de trinta anos - sendo que continuam a ensaiar todas as semanas - e ele deu-lhes a oportunidade de tocar num palco daqueles, algo que nunca aconteceria se ele não os tivesse convidado. Foi um momento giro, mas acima de tudo um gesto fabuloso e que acho que tocou a todos.

Resta-me dizer que adorei o facto de estar lá uma "mini orquestra", que tornou tudo muito mais genuíno e bonito. O senhor do violoncelo, então, deu cabo de mim. Eram mesmo, mesmo espetaculares e deram um toque muito especial ao concerto.

Sobre o Miguel não há muito a dizer, para além de que tem uma voz que adoro, um sotaque delicioso e umas letras divinais. Talvez lhe falte algum amadurecimento (musical), mas para isso é que estamos cá para o ver crescer. Eu, pelo menos, estou lá batida.

 

Like a Rolling Stone, Miguel com os tios (pena não se perceber o delírio do público):

Pica do 7 com António Zambujo:

 (nenhum dos vídeos me pertence)

29
Nov14

Estes dias...

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Têm sido devastadores. Sou uma miúda das palavras, mas nem me apetece escrever. 

Nem ir a nenhum concerto, nem fazer a árvore ou os doces de Natal, nem o Natal, nem a passagem de ano, nem acabar as aulas e a porcaria dos exames.

 

28
Nov14

O meu palhaço

Não é muito comum expor os meus familiares - excluindo os meus sobrinhos - aqui no blog, a não ser para contar algumas histórias ou peripécias que acho que valham a pena partilhar. 

Mas acho que hoje é um bom dia para abrir uma excepção e vos mostrar uma parte de mim - que, curiosamente, é das pessoas de quem aqui mais falo, principalmente nesta altura do Natal, onde as saudades apertam. É o meu irmão emigrante.

Talvez a forma mais fácil de o descrever, e tendo em conta que eu sou a única coisa que vos liga a ele, seja: ele é o oposto de mim. Somos mesmo muito, muito diferentes. Não só no físico (para além do óbvio), onde não temos quase semelhanças nenhumas, mas principalmente na mente. Somos diferentes como a água é do vinho, e embora ele às vezes me irrite solenemente, nunca deixará de ser uma das pessoas que mais amo no mundo. O amor também passa por aceitar as diferenças, as incoerências, as coisas que achamos parvas, desnecessárias e irresponsáveis - e ele está cheio disso tudo, mas com o tempo aprendi a anuir. Às vezes a não ligar. Outras a perceber o ponto de vista mas simplesmente a discordar.

Mas não era disso que vinha falar, tendo em conta que teremos muito tempo para isso à medida que o Natal se aproxima e as saudades (e a tristeza de não o ter cá) vão aumentando. O que queria partilhar é a história do palhaço mais bonito que conheci - e logo eu que não gosto muito de palhaços e quase fujo deles na rua, porque parece que os atraio de alguma forma.

Lembro-me de ir ao seu quarto e ver o fato pendurado no armário, impecavelmente esticado. Lembro-me de achar estranho um fato preto, essa cor que nada ligamos à alegria que (supostamente) tanto caracteríza os especialistas do riso. Lembro-me de o ver maquilhado e de saber que aquela imagem marcaria a minha vida. Não me enganei.

Os anos passaram, ele envelheceu. Mas o fato continua lá, a maquilhagem é a mesma. E ele continua a ser o palhaço mais bonito e feliz que alguma vez conheci. É o meu.

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28
Nov14

Black friday!

O dia onde nem sequer nos pode passar pela cabeça ir ao shopping!

 

(embora esteja a correr as lojas online todas, a ver se encontro algo giro para usar no Natal e passagem de ano - até agora, foi uma procura infundada)

 

Serviço público (lojas com descontos):

Mango com 30%

Parfois com 20%

Zara com 20%

Pull&Bear com 20%

Stradivarius com 20%

MassimoDutti com 20%

Bershka com 20&

Blanco com 20%

Oysho com 20%

Women Secret com 30%

Springfield com 30%

27
Nov14

E prendinhas de Natal, hein?

 Prevejo, neste ano, o pior Natal da história dos meus Natais. Tentei começar com um espírito positivo, mas tudo parece piorar a cada dia que passa. Isto tudo para além do facto de ainda não ter tido tempo, sequer, de planear a montagem da minha árvore de Natal e de algumas comprinhas, o que me anda a endoidecer. Se há coisa que adoro nesta vida é ver a minha árvore de Natal montada e de dar e receber presentes, mas os meus dias andam tão atafulhados com trabalhos e tretas que tudo isso ainda me parece uma miragem.

Mas eu admito - já ando a pensar na minha lista de prendas há um tempo, para depois não ter de fazer tudo a correr e me esquecer de coisas que gostava mesmo de receber. Também admito que já tenho ideias para algumas que vou dar, embora tudo ainda pouco "amadurecido". Vou ter mesmo de roubar tempo ao estudo e à treta dos trabalhos para investir no meu espírito natalício e neste Natal que vai pelas ruas da amargura...

Até lá, fica a lista, à consideração do senhor das barbas!  

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prendas2.jpg

26
Nov14

Estou farta

A questão repete-se de uma forma ou de outra, quase todos os dias. Tento ignorar - até fui ver e o último post que fiz sobre este tópico, sendo que data de Março deste ano (já lá vão oito meses, não é mau) - mas, sinceramente, nem sempre consigo. São questões nucleares que mexem connosco.

Do que falo? Da minha falta de namorados, pois claro está. Se não é a mãe é o tio; se não é o tio é a amiga; se não é a amiga é um conhecido que encontramos na rua, um daqueles que já não vemos há muito tempo. Vem nas mais variadas formas: as mais diretas ("então e namorado, já tens?" - já com aquele tom de impaciência); as que vêm em forma de sugestão ("já viste aquele ali? imaginava-te com ele!"); as desconfiadas ("não me acredito que ainda não tens namorado... conta lá a verdade!"); as que nos dão graxa ("és tão gira e inteligente, não é possível não teres um rol deles atrás de ti!"); e as desesperadas, quando estamos a falar de alguém nosso conhecido - mas que quase só sabemos o nome - mas já é a pessoa ideal ("esse aí parece mesmo o ideal para ti!").

Tudo bem, eu admito, não é normal. Mas digam-me uma coisa: querem que eu faça o quê? Querem que arranje um namorado de quem não gosto, só para me chatear a cabeça, só porque vossas excelências me querem ver com um parzinho? Querem que eu arranje alguém por arranjar, porque a vossa sede de relacionamentos é maior que a minha? Estou farta desta merda, pá.

As pessoas não percebem o efeito que isto tem em alguém, o desgaste que causa, a baixa de auto-estima que provoca. Eu estou sozinha porque quero, mas também porque nunca surgiu oportunidade de estar com alguém de quem verdadeiramente gostasse, me atraísse, com quem me imaginasse estar. Uma mistura de azar com falta de oportunidades, conhecimentos e entrega da minha parte. Não é fácil ver toda a gente contente, feliz e aos beijinhos com o seu respetivo namorado e nós termos a sensação de que vamos ficar para tias - não é só a pressão que os outros põem em cima de nós, mas também a pressão que nós próprios exercemos sobre nós mesmos! Sentimo-nos - e uso o plural porque sei que não sou a única nesta posição - umas chatas, umas feias, que parece que não merecemos a atenção de ninguém e que somos a coitadinha, que está eternamente solteira.

Estou farta. As investidas alheias só pioram. Sou feliz solteira, mas ninguém parece perceber isso - e toda a gente faz questão de me relembrar que há toda uma outra felicidade quando se namora. Nesta sociedade somos obrigados a ter alguém para dar a sensação de que estamos completas - e a cada dia que passa sinto mais isso. O desespero das pessoas está latente, já quase qualquer coisa serve - pode ser bonito ou feio, hetero ou gay, dois anos mais novo ou dez anos mais velho. Tudo serve desde que não fique para tia e não ganhe o rótulo de solteirona para a eternidade. Já só falta mandarem-me os currículos completos com candidatos, essa medida desesperada.

Enfim, já disse que estou farta? Então pronto: estou farta. 

25
Nov14

"Veja se tenho aí algum cupão, no meio dos 395 que trago!"

Esta história dos cupões de desconto no Continente já me começa a tirar do sério. E logo a mim, que sou aquela pessoa que passa a vida a imprimir os cupões para aproveitar cada descontinho e ter dinheiro acumulado em cartão, que dá um jeitaço quando se vai só comprar pão ou algo que nos esquecemos e queremos despachar aquilo rápido. É só dizer "desconte do cartão" e não temos de andar a contar trocos ou com códigos de multibanco.

Mas agora deve ter-se estabelecido uma moda em que as pessoas usam os cupões mas nem olham bem para eles. Acho muita piada ao pessoal que chega às caixas e atira para lá os cupões que recebeu há dois meses atrás, dizendo à funcionária, qual criada posta ali ao seu dispor: "veja se tenho aí alguma coisa que dê para descontar!". Oi? E lá fica a coitada (ou coitado) a ver as datas dos cupões ("estes já passaram a data", "estes é só para Dezembro") e a fazer a seleção consoante as compras que a pessoa leva ("detergentes não leva, pois não?").

Isto não faz sentido nenhum! Numa era em que se tenta fazer tudo mais rápido, onde há caixas self-service, onde se tenta facilitar tudo ao máximo, onde toda a gente tem pressa e se tenta optimizar os serviços de modo a funcionarem bem e rápido, isto é um atentado. Porquê? Porque somos uma cambada de preguiçosos que já nem a porcaria dos cupões - com descontos em nosso proveito! - conseguimos escolher. 

É bom que a SONAE abra os olhinhos e instrua os seus funcionários de que são, precisamente, funcionários de caixa - o que é bem diferente de ser criado de alguém. Se as pessoas não têm tempo - sequer! - para fazer a triagem dos cupões, então que não os utilizem. Não vão ser os funcionários a fazer a seleção de uma pilha deles, atrasando todas as outras pessoas que estão à espera na caixa.

Já agora não querem que vos levem as comprinhas ao carro? Ou até que vos carreguem ao colo, para não se cansarem (ainda mais) pelo caminho? Enfim.

22
Nov14

Daqui a uma semana

Vou ao meu primeiro (e último) concerto deste ano, ver o meu portuense Miguel Araújo, de quem tanto gosto. 2014 foi um ano mau - aliás, está a ser. Mau, triste, decadente. Tudo. Até no que diz respeito a concertos.

Ainda assim, vou acabar este ano com chave de ouro, neste concerto que, de certeza, será muito bonito. E estou tão, tão, tão apaixonada por esta música. Hoje adormecia com ele a cantar-ma ao meu ouvido. Tão bonita.

 

 

22
Nov14

Miúda de 95 26#

Drageias Looney Tunes

 

Na minha altura ainda se ligava aos Looney Tunes (embora já em queda), mas hoje em dia já mal se ouve falar disso. Acho que se perguntar aos meus sobrinhos quem é o Bugs Bunny ou o Tweety (o meu favorito) nenhum deles sabe, o que é triste. Mas não é os desenhos animados que venho relembrar.

É, sim, uma espécie de merchandising que havia, destas e de outras personagens do género: uns bonecos verticais, onde no corpo (basicamente uma caixa) se metia uns rebuçados retangulares. Depois levantava-se a cabeça da personagem e um rebuçado era-nos "oferecido", através de um mecanismo que puxava os rebuçados que estavam na caixa para cima. Lembram-se?

Tenho ideia de ter visto isto há uns anos nos supermercados, mas nunca se pode fiar na minha noção de passagem de tempo - se calhar ainda se vendem, não faço ideia. Mas lembro-me que gostava imenso, e que podíamos comprar recargas de rebuçados e ir enchendo à medida que iam acabando. Era tão giro :)

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