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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

31
Mar13

Os nomes que nunca me poderão chamar

Eu acabo por passar muito tempo com pessoas adultas e nem tanto com pessoal da minha idade. Fico muito em casa, distancio-me um pouco da confusão que é a vida típica de um adolescente rodeado de amigos, festas e saídas e por isso sinto-me, muitas vezes, deslocada. Não necessariamente no sentido mau da coisa, mas acabo simplesmente por não estar integrada e ficar fora dos assuntos normais - eu nunca sei quem é a pessoa x ou y lá da escola, porque eu não conheço praticamente ninguém; sou sempre das últimas a saber que um colega começou a namorar com outro; fico sempre mais do que espantada por saber as fofoquices de sabe-se lá quem, que já aconteceram há demasiado tempo.

No entanto, com uma semana inteira de convivência com pessoas da minha idade, fiquei a saber da vidinha de meio mundo - e tendo em conta que éramos três raparigas, má língua não faltou. E durante aqueles longos minutos em que eu tentava dormir mas não conseguia, reflectia sobre isso e da forma como somos cruéis nas costas dos outros - e eu incluo-me, porque acho que todos, de alguma forma, o fazemos.

Numa das noites acabei mesmo por ficar feliz por ser como sou. Questiono-me muitas vezes sobre o que os outros dizem sobre mim quando eu não estou, por uma pura questão de curiosidade - mas sei, por exemplo, que nunca me descreverão como "aquela Carolina que namorou com o João, aquele loiro, com o Rodrigo, aquele que joga futebol, com o Manel, aquele alto de olhos claros, com o Dinis, que anda na escola do y". Fico contente por, ao menos, me manter rígida em relação a alguns parâmetros que para mim são importantes de respeitar (neste caso não era preciso ser tão rígida, não é? Não quero ser uma Maria-vai-com-todos, mas passar a eternidade solteira não era bem o meu plano). Há muitos pontos onde me podem criticar e insultar, mas sei que há julgamentos praticamente impossíveis de fazer sobre mim e eu considero esses os mais importantes e que, conscientemente, evito.

Porque ser mauzinhos e criticar tudo e todos faz parte de nós - vão sempre faze-lo mesmo que sejamos óptimos, fantásticos e lindos, nem que seja por inveja. A má lingua das mulheres será sempre a mesma, embora pudéssemos começar a trabalha-la, se quisessemos (eu tento, a sério). Mas o mais importante de tudo é mesmo sermos fiel a nós mesmos e não cedermos nos pontos que para nós são os mais importantes - porque falhas vão sempre existir, o sítio onde elas existem ou não é que poderá, eventualmente, ser grandemente influenciado por nós.

31
Mar13

Ser maior de idade

7 horas de desespero depois, somos chamados para a porta de embarque. Eu e uma colega entregamos os bilhetes e os cartões de cidadão, e ele vê primeiro o dela:

- Hum, a autorização, por favor.

- Nããã, já sou maior de idade - diz ela.

- E eu também, ahah! - disse eu.

- Errrrr, desculpem... - disse o senhor com um ar embaraçado mas também gozão, enquanto voltava a conferir melhor os nossos cartões.

 

Nenhuma de nós tinha sequer duas semanas de maior idade... mas contra factos, não há argumentos e, como se pode ver, já temos o nosso papel de jovem adulto muito bem interiorizado!

30
Mar13

Estar em casa é:

Ter um chuveiro com pressão. Ter mais do que manteiga e água no frigorífico. Ter o colinho dos pais a meia dúzia de passos de distância. Sentir o nosso cheiro característico. Poder fazer barulho depois das 23h e saber que ninguém nos chateia. Saber que temos os nossos irmãos, sobrinhos e pessoas mais chegadas numa curta viagem de carro. E, já agora, poder matar saudades deles rapidamente. É ter uma cama num só quarto. Não ter de sair da casa de banho completa e totalmente enrolada numa toalha depois de sair do banho. Poder andar descalça. Ter mais de quatro copos, pratos e talheres no armário da cozinha. Poder tossir e assoar-me à vontade sem ter medo de incomodar os outros a meio da noite. Poder receber mensagens às tantas da manhã. Ter mais de um par de sapatilhas à disposição. Não ter de estar com os nossos amigos 24 sobre 24 horas, mas sim quando mais nos apetece. É sermos nós, é tudo e é tão bom.

Uma colega minha costuma dizer, exageradamente, que a melhor parte de ir a Lisboa é voltar para o Porto. Eu não concordo, mas faria uma generalização mais soft: uma das coisas boas de ir de viagem, é mesmo voltar ao nosso habitat natural.

30
Mar13

Querem fotos da Catalunha?

Último dia. Provavelmente a foto "simples" que mais gosto, de toda a viagem. Tirada na marina, num dia em que houve um sol radioso e pouco depois uma chuva miudinha que esmoreceu o dia.

 

No parque Guëll, a rir-me, provavelmente, de um grupinho de três rapazes estilo One Direction que uma amiga achou piada. Estive a "um bocadinho assim" para lhes pedir para nos tirar uma foto de grupo. Mas pronto, faltou esse bocadinho.

 

Devem desde já saber que eu adoro homens-estátua. Acho uma arte e adoro aqueles que fazem poses giras para as fotos - como se pode ver, este era o caso. Estive muito descontraída durante a viagem e deu-me para algumas parvoíces não típicas em mim, e saíndo-me com esta pose em plenas Ramblas. Mas acho que valeu a pena - ficou uma foto cinco estrelas.

 

Eu gostei dele, ele gostou de mim. Ia eu a sair do pedestal, quando me disse para ficar e mudou o quadro de posição e se "meteu" nele comigo. Outra bela foto para a posteridade.

 

Mais uma, no parque. Um dos dois momentos altos da viagem, na minha opinião. Apanhei um susto enorme quando esta personagem se levanta do sítio onde estava, impávido, sereno e muito quieto. Gritei um palavrão qualquer e ri-me a bandeiras despregadas à conta disto. Depois lá fui dar a moedinha e o rapaz, uma simpatia, quase me pediu em casamento, como se pode ver.

 

Não tenho, na minha máquina, grandes fotos da minha pessoa a andar de segway. Mas foi o que mais adorei fazer - delirei completamente, há muito que não me via tão contente.

 

A destilar completamente na Sagrada Família. Um must em Barcelona, embora não tenhamos entrado.

 

Primeiro dia nas Ramblas. Já não me lembrava do quão movimentado aquilo era.

 

Primeira das três estátuas com quem tirei foto. A que menos gostei, diga-se a verdade. Ainda assim, num belo e enorme fato.

 

No bairro gótico.

 

A arte que os empregados do strabucks têm para escrever o meu nome é do outro mundo. Mas pronto, o chocolate quente naquelas noites fresquinhas soube-me pela vida.

 

E pronto, é isto. Ainda me faltam ver muitas fotos, que estão noutras duas máquinas, mas este é o apanhado geral da coisa. O resultado não podia ser mais positivo - já há muito que não tinha tantas fotos que gostasse tanto.

28
Mar13

Segway - a melhor coisa de sempre!

Ontem foi dia de segway e eu delirei! No início não me pareceu fácil, mas depois acabou por ser quase instintivo. Adorei e acho que valeu cada cêntimo que gastei! Senti-me super bem e feliz e bem disposta. Foi muito bom mesmo.

O pior foram as dores nas pernas com que ficamos, o que nos levou a dormir um par de horas depois do almoço. Quando toda a gente abriu a pestana tornamos a andar nas ramblas e marginal; compramos rebuçados e acabamos por comer umas tapas na marina, que nos custaram os olhos da cara mas que valeram a pena pela vista.

Hoje passamos pela Sagrada família, onde estava uma fila interminável - desistimos, demos a volta ao edifício, e fomos para camp nou. Tudo de metro, que é um salgalhada do pior e que nos deu algum trabalho a perceber. Agora é hora de ir para a rua ver as obras malucas de Gaudí, uma das principais razões por Barcelona ter a fama que tem.

27
Mar13

Ramblas e parque güell

Ontem foi dia de andar pelas ramblas, mercado boqueria e, de tarde, pelo parque güell. Estava um dia bom, com o sol à vista e apenas algumas nuvens. Tiramos muitas fotos e compramos algumas prendinhas para servir de recordação.

Demos conta que vamos passar eternidades no suprmercdos, porque embora só compremos coisas básicas, acaba sempre por faltar algo. E o dinheiro que se gasta em comida básica? É a loucura!

Chegamos a casa já derreados e fizemos o jantar pouco depois - bifes com arroz e morangos para sobremesa. Apesar de estar cansada, apetecia-me aproveitar a noite e decidi ir sair com uma das minhas amigas. Passamos pelo menos hora e meia a andar pelas ramblas e pela rua das lojas caras. Foi aí que bebi um chocolate quente do starbucks (que há aqui em qualquer canto) e tirei as fotos que aqui postei.

Hoje é dia de segway mas o tempo não está muito sorridente... veremos ao longo o tempo o que nos espera.

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