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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

15
Abr11

Millenium - crítica alargada

 

E pronto, acabei os três livros da trilogia Millenium. Sim, demorei bastante a ler os três calhamaços, mas tudo tem a sua explicação.

Antes de mais, estes livros foram escritos por Stieg Larson, que foi um escritor e jornalista sueco que era a favor dos movimentos liberais e que aprofundou bastante os seus conhecimentos na área dos regimes nazis e outros regimes ditatoriais. Morreu logo após entregar os três livros à editora, e planeava escrever 10 livros desta saga. Infelizmente, não teve tempo para ver o sucesso que a sua trilogia teve. Estava a escrever um quarto livro, que só possui inicio e fim, mas onde faltava o 'miolo' da história. Propôs-se à mulher de Stig acabar de escrever esse quarto livro, mas supõe-se que por direitos de autor, não foi possível fazer isso. Ainda a acrescentar que há 'teorias da conspiração' a dizer que talvez Stieg tenha sido morto (visto que morreu aos 50 e poucos anos, de um suposto ataque cardíaco) por escrever esta história, que há quem diga, ter contornos verdadeiros. Por fim, ele decidiu escrever esta história porque nunca se perdoou pelo facto de, aos 15 anos, ter assistido a uma rapariga a ser violada por um bando de rapazes e não ter conseguido fazer nada. A rapariga chamava-se Lisbeth, tal como a personagem principal da história.

 

Agora, os livros em si. São grandes e com títulos um quanto ao tanto assustadores e não-atractivos. E vai haver uma altura em que o leitor amolece e fica com vontade de não pegar neles (foi o que me aconteceu a mim, daí a demora). Dividem-se, os três, em partes muito agitadas e muito monótonas. Podem ler 200 páginas numa assentada só e outras 100 em duas semanas. Tem política pelo meio, o que às vezes faz pensar e chega a ser bastante chato neste ponto, devido às grandes descrições (vê-se que o escritor tinha interesse nessa área e que percebia da coisa). Como disse num outro post, é engraçado ver-mos que, num país como a Suécia, que é um dos países com maior qualidade de vida na Europa, também podem ocorrer infracções grotescas e que, definitivamente, nada é perfeito.

 

A parte das personagens foi algo que me atraiu imenso. As descrições são bem feitas e as personagens revelam pontos interessantes. Coisas que não há neste livro é abstinência sexual. Coisa que achei piada foi o facto de, em todas as (muitas) vezes que fazer sexo/amor vinha à baila, era unicamente usada a expressão "fazer amor", mesmo que não houvesse nenhum relacionamento entre as personagens (ao ponto de não saberem o nome uma da outra). Lisbeth Salander cativou-me. Tem uma personalidade fortíssima e nota-se desde o inicio que é uma pessoa fora do comum (coisa que se vai intensificando ao longo dos livros). O enredo é bom, a ideia original também. A escrita, apesar daqueles momentos de monotonia já aqui falados, também é muito boa. Aconselho.

 

E digo já - vou ter saudades da Lisbeth Salander.

15
Abr11

Carolina

DSC_0873.JPG

 

Nasci a 20 de Março e isso diz muito sobre mim: este é o dia em que ora o Inverno tem fim, ora a Primavera se inicia. A minha vida oscila assim, entre estas duas estações do ano quase antagónicas; uns dias frios e tristes, outros de céu limpo, cor e a esperança do que há para vir. 

Cresci no mundo da têxtil, no meio de panos, amostras, máquinas muito grandes e barulhentas e sempre disse que esse seria o meu destino. Entretanto, mais crescidinha, decidi que queria ser engenheira informática. Em 2011, depois de algumas turras com a matemática e após ter percebido que escrever era das coisas mais terapêuticas da minha vida, decidi abandonar os números e parti para as humanidades. Formei-me em Ciências da Comunicação, fugi do jornalismo a sete pés e especializei-me em Assessoria de Comunicação. Acabei o curso em 2016 e arranjei logo o meu primeiro trabalho. E não, não foi em assessoria - foi em jornalismo, na área do têxtil e da moda. E, nesse momento, eu percebi que a vida era uma pescadinha de rabo na boca.

Nasci na freguesia mais antiga do Porto, o que faz de mim uma portuense de gema - e tenho muito orgulho em ser tripeira. E, claro, sou portista de alma e coração! Gosto de muita coisa, tenho jeito para algumas, mas não consigo entregar-me totalmente a uma só. Adoro abrir a caixa de correio e ver que tenho postais; ir ao cinema; usar anéis e cabelo curto; tirar fotografias; estar com os meus cães; tocar piano. Aquilo que me move é a minha família - somos quatro irmãos e já conto com seis sobrinhos - e o meu trabalho. Mas aquilo que me faz sentir mais viva é a escrita, uma viagem ou um concerto a passar-se à frente dos meus olhos enquanto cada célula do meu corpo vibra com cada nota tocada.

Apesar de ter tirado um curso de comunicação e de escrever todos os dias, comunicar é aquilo que faço de pior. Não sei lidar com pessoas e tenho um problema sério em confiar nos outros. Nunca fui popular, nunca fui fixe, nunca fui concorrida. Era sempre a que ficava para último para ser escolhida para as equipas de educação física, nunca tive muitos amigos. Habituei-me a ser um loner desde pequena, a jogar monopólio sozinha e a aprender que nos livros também se arranja companhia. Sou um bocadinho obcecada com a moral e com a ética. E sim, tenho uma velhinha de 78 anos a viver dentro de mim.

Passei tanto tempo a apreciar a minha própria companhia que, por vezes, é difícil saber estar com os outros. Em resumo: sou um bicho do buraco. Acho que um bicho do buraco simpático, que escreve e que tenta ocasionalmente sair da toca e ver aquilo que de bom a vida tem... mas que não deixa de ser, efetivamente, um bicho do buraco. É o que há!

 

 

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